domingo, 30 de outubro de 2011

'O' / =) / '-' / =( / s2 / ???

Duas crianças me perguntaram de que eu tinha medo.


" Eu tenho medo de abelhas." - uma disse.


" Eu tenho medo de borboletas." - a outra respondeu.


" E você? " - retrucaram juntas.


Disse que tinha medo de altura. Elas concordaram e fizeram aquele som que as crianças fazem, em sinal de respeito e admiração a um "adulto", algo do tipo "oooohhh".

Eu menti.

Tenho medo na verdade da indiferença.
Tenho medo da solidão.

Tenho medo que me ignorem por algo que fiz, ou até mesmo por algo que eu não fiz, e que aos poucos me abandonem até que minha existência não passasse de um borrão no fundo de sua xícara de chá.

Não pense que menti porque pensei que as crianças não entenderiam tal fato. A minha opinião é que elas entenderiam melhor de que muitos adultos. Não contei por medo. 

Tenho medo de contar.
Tenho medo de assumir.

Encarar o que está prestes a acontecer ou me preparar para o que possa vir a se passar comigo. Ah como tenho medo disso, ah como às vezes acho que não vou conseguir.

Mas eu consegui me manter aqui. Então é por isso que só às vezes acho que não vou conseguir, e sempre tenho certeza de que estou conseguindo. O gerúndio nesse caso é inevitável, pois essa ação não está concluída. Enquanto digito estas palavras, vou construindo um pouquinho mais de resistência para cada vez mais conseguir. 

Conseguir tudo que almejo. Coisas simples se fossemos listar, mas difíceis de encontrar exemplares verdadeiros, tamanha a quantidade de falsificadores.
Coisas como:
Paz, Amor, Alegria, Amizade, Sinceridade, Companheirismo, Romance, Lealdade, Solidariedade.

           E se hoje sou no mínimo bem feliz, é porque já consegui um bocado dessas coisas.
Mas da sempre para melhorar, né? Afinal, o ser humano nunca vai estar satisfeito com o que tem, e acredite se quiser, eu sou bem humana.







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