terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Retorno

A folha em branco
revela o descontentamento
de não poder te ter em mãos.
Sua presença, seu amor,
nada mais que sonhos vãos.

O ressentimento por não falar
e a vontade de querer tentar
Me atormentam e me tiram a concentração
Queria poder solucionar esse problema
Acreditar que não é ilusão.

Deixar em branco é mais cômodo
do que com palavras preencher.
É a mesma coisa que tentar
reanimar alguém
que já decidiu que irá morrer.

Não escrever é mais simples
que colocar tudo no papel.
Mas o vazio das linhas
passa para o meu coração
Lamentos vêm do céu.

Teimosa sigo sem nada criar.
Até agora.
Essa é a minha participação
Esse poema que é fruto
Desta grande contradição.


sábado, 20 de agosto de 2011

Planos

Isso acontece sempre. Não importa em que situação. Quando planejamos muito algo, o destino logo arruma um jeito de bagunçar a coisa toda. Não que ele ache divertido, mas porque certas coisas simplesmente não estão maduras o suficiente para florescer. Então por mais que você planeje, de nada vai adiantar. Por mais ansioso que você fique, o tempo não vai encurtar. Respire fundo, siga em frente, e quando menos você esperar aquilo que tanto almeja virá até você simplesmente, sem juros ou correção monetária. Virá finalmente, não porque o destino cansou de brincar, mas sim porque você será merecedor. Isso acontece sempre.

Queremos você!


Queremos você para ser honesto.
Queremos você para praticar o bem.
Queremos você para amar as pessoas ao seu redor.
Queremos você para proteger a natureza
Queremos você para não invejar o outro.
Queremos você para parar de nos roubar.
Queremos você para ser você mesmo.
Mas acima de tudo, queremos que você entenda que o mundo só vai para frente quando você se curar dessa doença chamada ambição.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cegueira

Hoje eu abri o blog e decidi que escreveria sobre um tema que habitava minha mente.
Mas então percebi que desconheço  tantas coisas, que não me sinto mais à vontade para falar.
Quero dizer, há tanto para ser visto, mas nós não damos valor. Somos o pior tipo de cegos. Os que não fazem proveito da dádiva de enxergar. Somos os que veem e não se mobilizam. Se continuarmos assim, estaremos para sempre perdidos nesse universo paralelo criado pela nossa cegueira e nunca encontraremos o caminho para a realidade.
A vida real está cheia de falhas, mas cabe a nós encara-las, para um dia merecer essas duas janelas que dão para a alma.

José Saramago. - (Poucos entenderão a sutileza)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Romantismo não é romântico

" Amor é fogo que arde sem ver, é ferida que dói e não se sente."


Eu sinto. E muito. Tudo o que o amor me proporciona, eu sinto. Primeiro aquele primeiro encontro, a primeira troca de olhares, o sentimento brotando. Depois toda a ansiedade para ver aquela pessoa, para simplesmente voltar a respirar o mesmo ar que ela. Aí a dúvida. Serei correspondida? Em seguida o medo, a aflição, o ciúme, a angústia... Então das duas uma: felicidade suprema ou suprema depressão. Alguns acham que o preço a ser pago é muito caro para arriscar.

Mas o que eu quero dizer é: você sente. Tudo. Mesmo quando é correspondido, mas esse é um caso de êxtase profundo. O que me intriga contudo, é o Romantismo, algo que eu almejava muito estudar. Partiu meu coração. De que adiantam sentimentos tão profundos se eles não são correspondidos? Se eles não se tocam? Se no final de tudo ela morre?

Posso escrever de tudo um pouco, mas nunca, jamais, escreverei algo Romântico.
Tudo que vier de mim sempre foi e sempre será romântico. E só alguns entendem o valor da letra minúscula desta palavra.

Decidam vocês também. Pois o amor é algo que tem que ser feito, como um certo Mario disse: "baixinho".

" Se tu me amas, ama-me baixinho.
Não o grites por cima dos telhados.
Deixa em paz os passarinhos, deixa em paz a mim.
Se me queres enfim, terá de ser bem devagarinho,
Amada, pois a vida é breve
e o amor mais breve ainda."

Mario Quintana

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Disseminação


Antigamente, a comunicação era limitada. Primeiro cartas, depois surgiu o telefone e que revolução esse estranho aparelho causou. Internet. Quem imaginaria que chegaríamos ao ponto de que uma informação se tornar obsoleta cinco minutos depois de ser divulgada. As pessoas debocham e falam "ué você não sabia?". Mas a pergunta correta é: Eu tenho realmente a obrigação de saber?

Afinal essa informação é processada antes de sair quentinha do forno, processada por quem eu não sei, e não posso confiar em todos, não quero e não vou sofrer uma lavagem cerebral, prefiro me afastar das massas, pois essas podem vir a se tornar uma turba enfurecida.

Mas como a escapatória é quase nula, que esses meios de comunicação disseminem coisas boas. 
Sonho com o dia em que mostrarão a manchete :

>>> Cartas são escritas cada vez mais <<<

Puro sonho, mentira. Assim como:

>>> Internautas analisam as informações que recebem cautelosamente antes de concordar ou não com as mesmas <<<

Ha.

Porém, esperança é um item que tenho de sobra para gastar com desejos como esse que são para a pessoa que aqui escreve tão importantes.



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cazuza estava certo...

O tempo não pára.
Quando vemos já é hora de partir.


Então cabe a nós fazer cada momento valer a pena.