sábado, 30 de abril de 2011

Ser, saber, aprender

Sabendo de tudo que sei
Sei que não conheço muita coisa.

Sei o suficiente
Para querer saber mais.

Quero saber mais
Para não precisar olhar para trás.

Não quero olhar para trás
Pois lá há dor e sofrimento.

Tristes sensações
Que fazem parte do meu lamento.

Quero saber mais
E me esforçar.

Quero ser mais
Para melhorar.

Quero ajudar
Quero sonhar.

Sonho com o dia
Em que simplesmente possamos amar.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Parada

Mesmo em um céu de tempestade, é possível surgir um vestígio de luz. Pode ser pequeno, mas encorajador.


E quando aparecer, sentarei para apreciar, e disfrutarei o máximo dele. Por que todos nós merecemos um dia de descanso após uma longa jornada.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

_______________________Desabafo_______________________

 Sentimentos acorrentados
Num baú no fundo da alma.

A alma está manchada
Caindo aos pedaços, machucada.

Nada importa
E o importante não é mais nada.

Busco consolo e ele não vem
Não existe mais ninguém.

Nunca fui perfeita
Não sei por que para isso fui eleita.


 A questão agora,
Não é saber se isso vai mudar.

Eu só quero saber
Quando é que vai terminar.

O coração...Dele é impossível falar.
Faz tempo que ele não se encontra mais em seu devido lugar.




terça-feira, 26 de abril de 2011

Calor e Sentimentos

 Calor e tortura,
Mente insegura.

Corpo suado
Coração quebrado.

Pessoa sozinha
Que à noite caminha.

Não fala com ninguém
E nada não tem.


O calor não a atrapalha
Mas a escuridão a amedronta.

Como em uma pintura
Não transmite coisa alguma.

Pessoa que de noite ruma,
Para algum outro lugar.

Pessoa que tem medo
Pessoa perdida.

Passou por toda uma vida
De provações e lamentações.

Pessoa que não sabe o que dizer
Pessoa que ignora o calor.

Pessoa que não quer mostrar
Que sofre por amor.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

História Sem Noção - Parte 3

Atordoados com os estudos, o nosso casal principal festejou o momento em que sua condicional lhes foi concedida. Ou seja, férias de verão. Estavam livres, mesmo que temporariamente. Ele poderia escutar suas músicas em paz e ela, ir aonde quiser... Então por que algo faltava? O que era aquele vazio no peito? Stress foi a resposta mais óbvia. Decidiram sair. Sempre decidem fazer algo, mas esse algo sempre é muito diferente.

O dia todo ela passou na rua, indo de praça em praça, de ponto turístico a ponto turístico. Então olhou para o céu e sentiu-se por um momento, livre como um pássaro. Foi assim até o momento fatídico em que ela encontra uma amiga, que a leva para uma boate. Não gostava de lugares fechados, a música alta doía a cabeça, sentou e esperou acabar.

O dia não tem para ele muitos atrativos, esperou a noite cair, se arrumou e foi para o lugar que mais gostava, para dançar e se divertir com os amigos, que também estavam felizes por estarem de condicional. A noite estava quente, ele olha para o céu mas nada em específico passa em sua mente. Chegando em seu destino, ele e os amigos começaram a dançar e é nesse momento que acontece o inesperado.

Seus olhares se cruzam. Ela permanece sentada. Mas ele vai até ela, assim que a reconhece.    " A menina que vive com a cabeça nas nuvens. " ele diz. " O garoto que se deixa levar pela música, mas não tira os pés do chão." Ela retruca. Os corações disparam. Não há mais vazio. Eles saem do lugar e na porta de entrada, como se o tempo parasse olham para o céu e recebem um belo presente das estrelas, um brilho que nunca viram antes. Ambos estão agora pensando a mesma coisa.
" Não queria estar aqui com mais ninguém."

Não importa...


... quanto tempo passe. A amizade perdurará eternamente. Com os encantos e a pureza de sempre. 


Quem tem um amigo assim pode com certeza intitular-se feliz.



domingo, 24 de abril de 2011

Páscoa

Quando se acredita em algo, mesmo não sabendo dizer ao certo o que é esse algo, fica difícil escrever com neutralidade sobre o assunto, mas tentar é uma das coisas que não vou deixar de fazer.


Uma vez, há muitos anos atrás, crucificaram um homem. Após sua morte seu corpo foi colocado em um túmulo de pedra com uma grande rocha servindo de porta. A morte desse homem foi celebrada por uns e chorada por outros. Os que choraram sua morte enviaram no terceiro dia três mulheres para cuidarem de seu corpo. Quando a grande rocha foi removida, não havia mais nenhum corpo ali. Violação de túmulo? Milagre?
Ressurreição?

Alguns acreditam, outros não. E eu não estou aqui para dizer no que se deve acreditar, não tenho tal moral. Estou aqui para desejar uma Feliz Páscoa para todos. Para aqueles que acreditam que um messias ressuscitou e nos protege e para aqueles que esperam os ovos de chocolate, sem julgar quem está certo, ou quem deveria parar para pensar. Nada. Simplesmente, Feliz Páscoa.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

...

Um dia me perguntei o porquê das coisas, e quando olhei em volta, não havia ninguém para me responder. Ninguém. É sempre quando mais precisamos que as pessoas decidem se afastar, ou simplesmente não percebem que precisamos. Momentos assim de solidão geram reflexões ora proveitosas, ora desastrosas. Cabe a nós aprendermos o que é proveitoso. Não sei sobre o que essa postagem fala, só abri a tela em branco e deixei as letras fluírem, na esperança que encham novamente de ar o balão-coração que tanto cismo em carregar.


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Poder e Dever



Tudo pode acontecer. Todos já ouviram isso. Mas acho que o que as pessoas precisam escutar ultimamente é que há certas coisas que não devem acontecer. Tudo bem que sempre aprendemos com os nossos erros mas, é burrice deixar que algo de ruim aconteça sabendo que existia a possibilidade de impedimento. Certas coisas devem ser evitadas para que quando você olhe para traz não sinta medo do que fez. Para que quando você olhe ao seu redor encontre pessoas que te queiram bem, e não que te querem longe. Devem ser evitadas para que onde quer que você vá, seja bem-vindo, pois todos reconhecem o seu bom caráter. 

Era um vez um pai que ficou 26 anos sem ver sua própria filha. Ele batia na mãe dela e um dia desapareceu. Nunca telefonou, nem se preocupou em saber como ela estava. Essa filha cresceu e se tornou uma pessoa digna, longe do pai, se perguntando talvez, não o porquê dele tê-la abandonado, mas sim, se ele estaria bem, ou com medo, ou com frio. Quando a filha completou 30 anos e o pai estava doente ela veio de outro estado para visita-lo. Ela olhava nos olhos dele, em todos os momentos, disse que não queria as desculpas dele, nem que veio para cobrar o tempo perdido. Ela veio, viu seu pai, sorriu, disse que ele ia sim se curar e voltou para sua vida. Eles são completos estranhos, mas no coração desse pai, eu sei que há um peso a mais que ele tem que carregar, não por penitência mas sim por imposição própria, pois demorou muito para que ele percebesse que isso não deveria ter acontecido.

Histórias assim há várias. Podem acontecer a qualquer momento.
Mas será que devem?




sábado, 9 de abril de 2011

Tocar


                



Essas mãos que tocam o piano, não o fazem simplesmente.


Tocam o corpo e a alma. Tocam nossas vidas. 
Não há o que dizer. Sorrio e vou em frente.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Privacidade? Onde?



A tarefa era simples: escrever uma crônica baseando-se em uma reportagem recente. Revirei os jornais que meu pai acumula em casa, e deparei-me com uma reportagem sobre um poeta, já falecido, e uma exposição que está sendo realizada no centro da cidade sobre o mesmo.
Naquele momento, eu havia encontrado meu tema: o poeta que tanto gosto. Mas o que falar dele? O que eu de fato sei sobre ele? A reportagem revela duas peculiaridades: ele na verdade não tinha imaginação, e - vejam vocês - seu pênis era minúsculo. Sinceramente, isso é invasão de privacidade.


Quando algo que você faz o torna famoso, sua vida torna-se uma novela na boca do povo, todos se acham no direito de opinar e "ajudar". Quando se é um mero mortal, a invasão de privacidade também ocorre, mas não por uma turba enfurecida que acha que você não deveria ter falado tal coisa em tal programa, e sim por seus pais que acham que você anda passando tempo além do necessário na internet, vendo a vida de pessoas que nunca saberão que você existe.
Não sei o que meu poeta pensaria em relação a isso, só sei que concordo quando ele diz que o poeta é um fingidor. Não só o poeta, todos nós somos, e vivemos em busca do que realmente é verdadeiro, procurando até mesmo na vida dos outros. Quando achamos... Bem, não sei. Alguém já achou?

sábado, 2 de abril de 2011

História Sem Noção - Parte 2



Depois daquele dia que nada tinha de comum, não sei ainda bem ao certo por que, aqueles jovens nunca mais foram os mesmos. Digo isso porque passaram a pensar um sobre o outro.


O garoto estava nervoso pois seus fones de ouvido pararam de funcionar, e seus pais não gostavam quando ele fazia muito barulho, então não podia escutar música. Ao mesmo tempo, não conseguia entender como havia no mundo uma pessoa tão diferente dele que conseguisse o deixar tão atraído. Para que voar? Deixe isso para os pássaros, não é melhor ficar com os pés no chão onde se encontra a estabilidade?
A garota não se sentia confortável com a música constante que seus pais escutavam no quarto ao lado. Ela se perguntava como aquele garoto estranho que encontrara na rua não entende que voar significa se libertar, e que todos precisamos as vezes tirar os pés do chão. Para evitar a perda da sanidade é necessário antecipar atos irresponsáveis, pelo menos uma vez na vida.


E por um tempo continuaram pensando sobre a mesma coisa de modos diferentes enquanto olhavam para o céu. 
Ele "por que?"  
Ela "como?"


Continua...

Ser sempre criança

(Imagem: filme Em busca da Terra do Nunca)

Era uma vez um menino que depois de ouvir seus pais conversando sobre o que ele iria ser no futuro, decidiu não mais crescer. Com um pouco de fé, pensamentos alegres e pó mágico virou a direita na segunda estrela e chegou em uma terra mágica, com sereias, piratas e índios, um lugar onde ele podia ser criança para sempre: a Terra do Nunca. E lá vive até hoje com sua fada Sininho e os meninos perdidos. E se você realmente acreditar, pode ir até lá quando quiser.

Embora muitos pensem que isso é só mais uma boba história eu mais uma vez, tenho que discordar. Ter sempre em si a vivacidade de uma criança, sorrir como uma, não ter medo de brincar como uma, faz da nossa vida algo muito mais simples do que fazemos parecer quando encaramos tudo como adultos. Devemos conservar em nós a infância e essa chama que é eterna e não simplesmente ignorar esse tempo que era tão agradável por ser tão simples. Não se pode negligenciar as responsabilidades, mas a leveza é necessária para encarar as provações que virão. Todas as pessoas grandes com espírito de criança sabem disso. Além do mais...

...todas as crianças crescem. Menos uma.