segunda-feira, 4 de junho de 2012

Se houvesse título, haveria final.

Sonhei que as coisas eram mais fáceis.
Acordei e vi que se assim fosse não teria graça.

Sonhei que pelo menos pudéssemos simplesmente ficar juntos.
Acordei e vi, que as glórias de uma batalha conquistada são muito maiores do que um jogo já ganho.

Sonhei que ninguém nos atrapalharia.
Acordei e percebi que isso não é da natureza do ser humano.

Sonhei que podia sonhar.
Acordei e vi que ainda sonhava.
O que eu almejo é assim tão inalcançável que para tê-lo só quando fecho os olhos?

Adormeci. Mas você não estava lá.
Ninguém estava lá.
Levantei assustada. Te encontrei do meu lado, mesmo que distante.

Isso está acabando comigo.
Ter e não ter ao mesmo tempo.
Amar sabendo que vou sofrer.
Sofrer sabendo que ama.

E não há final para uma história de amor partida ao meio.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Eles...

Os cacos que o impacto criou, não estão aqui para desesperar.
Use-os para renovar.









Eles pensam que você é.
Eles agem como se você fosse.
Eles falam como se você soubesse.
Eles amam como se você sentisse.
Eles buscam como se você possuísse.
Eles invejam como se você se importasse.


Quando percebem que não era você, já é tarde.
Tudo foi quebrado em mil pedaços.




E mesmo assim você continua... Como se eles percebessem.  


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Quem sou

Tenho que parar de escrever coisas relacionadas a minha vida pessoal.
Porque quando me arrependo do que fiz, não tenho coragem de apagar o que escrevi.
Então prometo que nunca mais farei isso. Mas é mentira. Todos os textos, até a última vírgula...
Carregados com meus sentimentos, minhas impressões, frustrações, amores perdidos, amores roubados...
Jamais conseguirei abandonar esse estilo de escrita, pois seria o mesmo que abandonar a pessoa que eu sou.
E se o fizesse aos poucos eu seria apagada, como um velho rascunho sem importância.


E o que vejo quando olho pela janela? Aquilo que não poderei ter, ou tudo que tenho chance de conquistar?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

LifeBook


Tudo o que já foi escrito dever ser esquecido? Será que não nos é permitido, nem que por um instante, voltar para aquelas páginas que constituem o capítulo chamado "passado"? Como saber o que escrever, que estilo textual seguir, sem relembrar nossos passos? Manter os erros em mente, não para que nos atormentem, e sim para prevenir que não venham a ser cometidos novamente. Devemos esquecer simplesmente? E o que será feito do livro quando acabarmos de escreve-lo? As traças o devorarão? Ninguém irar ler? Eu não poderei ler?


Para escrever as próximas páginas, e para garantir que as palavras nelas contidas não se percam, eu preciso voltar. Voltar para dias mais alegres, dar uma espiada nos dizeres mais melancólicos... Rir com as piadas das páginas passadas. Para criar e manter-me, preciso redescobrir quem sou, entender o que fui, para então, me escrever. 



domingo, 1 de janeiro de 2012

Imagem 2


É nessas horas que você se pergunta: O que raios está acontecendo comigo?

Estava feliz e queria escrever algo para demonstrar esse sentimento aos demais. Não para causar inveja, mas sim para contagia-los também. Porém nada conseguia colocar no papel, nem na tela que agora digito. Nem uma simples rima fui capaz de colocar para fora, e a indigestão só aumentou.

Então hoje, fico na dúvida se aquilo era realmente felicidade, se não era apenas um disfarce, escondendo o que atualmente há de mais marcante em mim: o vazio. Não pude escrever pelo simples fato de não querer transmitir o que sentia e sinto agora. Porém, como pelo que parece decidi agora assumir, as palavras fluem e impedi-las é algo que jamais farei, além do que seria inútil.

Felicidade não é algo falso. Mas não teve efeito dessa vez pelo simples fato de eu estar sentindo coisas incompatíveis com ela. Sentimentos errados. Ou talvez, a pessoa errada.