terça-feira, 5 de abril de 2011

Privacidade? Onde?



A tarefa era simples: escrever uma crônica baseando-se em uma reportagem recente. Revirei os jornais que meu pai acumula em casa, e deparei-me com uma reportagem sobre um poeta, já falecido, e uma exposição que está sendo realizada no centro da cidade sobre o mesmo.
Naquele momento, eu havia encontrado meu tema: o poeta que tanto gosto. Mas o que falar dele? O que eu de fato sei sobre ele? A reportagem revela duas peculiaridades: ele na verdade não tinha imaginação, e - vejam vocês - seu pênis era minúsculo. Sinceramente, isso é invasão de privacidade.


Quando algo que você faz o torna famoso, sua vida torna-se uma novela na boca do povo, todos se acham no direito de opinar e "ajudar". Quando se é um mero mortal, a invasão de privacidade também ocorre, mas não por uma turba enfurecida que acha que você não deveria ter falado tal coisa em tal programa, e sim por seus pais que acham que você anda passando tempo além do necessário na internet, vendo a vida de pessoas que nunca saberão que você existe.
Não sei o que meu poeta pensaria em relação a isso, só sei que concordo quando ele diz que o poeta é um fingidor. Não só o poeta, todos nós somos, e vivemos em busca do que realmente é verdadeiro, procurando até mesmo na vida dos outros. Quando achamos... Bem, não sei. Alguém já achou?

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