quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estagnação

Trilhava um caminho incerto, com o receio sempre presente, às vezes olhava para trás, mas mesmo assim, seguia indo.

As luzes se apagaram, espera, havia mesmo alguma luz? Ou era tudo ilusão? Parei. Não sei o que fazer. Estava confusa e até com medo, só que progredia de certa forma. Agora nem as palavras são as mesmas. Só essas poucas ideias fluem de mim. 

Sim, de mim. Tentei uma vez escrever algo que não fosse pessoal, mas sempre falhava, todas as palavras que escrevi são partes vitais da pessoa que sou, brotam de mim como uma planta brota do chão e estarão sempre em mim enraizadas. Talvez sejam elas que me prendam, ou talvez eu só esteja delirando e nada realmente me prenda além do medo de tentar. Não posso jamais colocar a culpa nessas palavras que agora expressam o que eu não consegui falar. Pois simplesmente sou incapaz de abandona-las. Sem minhas palavras, não sou nada. Deixo de ser árvore, torno-me uma mera folha ao vento... sem rumo.

Ah... Sinto nesse momento que não estou sozinha. Pode parecer egoísmo e até besteira, mas por hora me bastam a doce e sutil companhia das palavras que escrevo.




Nenhum comentário:

Postar um comentário